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Nas escolas da Nigéria, a segurança tem estar em primeiro lugar

EDINBURGH – Na passada quinta-feira, mais de 280 alunos nigerianos foram raptados da sua escola em Kuriga, uma localidade no estado setentrional de Kaduna – o segundo rapto em massa de jovens nigerianos no espaço de uma semana. A comunidade internacional tem de agir urgentemente para assegurar a libertação destas crianças, algumas com oito anos de idade. Mas igualmente importante será a criação de escolas mais seguras para os alunos dos 36 estados da Nigéria, para que todas as crianças possam prosseguir a sua formação sem recearem a violência ou serem raptadas.

O rapto em Kuriga foi ainda maior do que o infame ataque do Boko Haram a uma escola secundária feminina em Chibok, uma localidade no estado de Borno, no nordeste do país, em 2014. Os militantes islâmicos raptaram 276 raparigas; uma década depois, quase 100 estão ainda desaparecidas. Grupos armados têm atacado muitas escolas nos anos seguintes, apesar de nunca na escala vista no ataque de Kuriga, que se verificou poucos dias depois de militantes terem capturado dúzias de pessoas desalojadas, nomeadamente muitas raparigas e mulheres jovens, na localidade de Gamboru Ngala do estado de Borno.

A comunidade internacional pode ajudar, e tem de fazê-lo. Em primeiro lugar, o governo nigeriano precisa de apoio de vigilância para localizar os alunos raptados. Enquanto Enviado Especial das Nações Unidas para o Ensino Global, estou em contacto com os governos e insisto para que ajudem a determinar o paradeiro dos alunos, com o objectivo de estes serem rapidamente libertados.

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