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O formato do poder em 2024

O próximo ano confirmará se o mundo se movimenta rapidamente no sentido de uma maior multipolaridade ou do “não-alinhamento”.

Adekeye Adebajo

No ano que vem, não veremos uma maior multipolaridade, mas sim uma maior bipolaridade. A China substituiu a Rússia no papel de principal concorrente da América, numa nova guerra fria que tem menos a ver com ideologia e mais com mercados e tecnologia. A economia chinesa de 18 biliões de dólares já ultrapassou o conjunto dos 27 países da União Europeia, e a China é o maior parceiro comercial de mais de 120 países. A sua Nova Rota da Seda continua a construir infra-estruturas à volta do globo, e o Banco Asiático de Investimento em Infra-estruturas (com uma capitalização de 100 mil milhões de dólares) tem 109 membros e representa 80% da população mundial. Em Janeiro, o grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), dominado pela China, alargar-se-á para incluir a Argentina, a Etiópia, o Egipto, o Irão, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

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